← Voltar

IAB - Próximos Passos

Editorial, publicado no Boletim 52 do IAB-SP de out/nov/dez de 2005


Neste espaço editorial já tratamos do futuro, e ao propor a reflexão sobre os próximos passos do IAB voltamos a ele. Só existirá futuro com Solidariedade e União, independente de falarmos de arquitetos ou de sociedade, de profissão ou de país. A solidariedade deverá ser a palavra de ordem para que um IAB UNIDO se desenvolva e conquiste a visibilidade necessária.

Os próximos passos do IAB-SP serão definidos, política e estrategicamente, pelo próximo presidente, sua equipe e associados dispostos a contribuir para a gestão que se inicia em 2006. Juntos, todos deveremos fazer o balanço crítico do que foi a gestão que se encerra, e a partir dela planejar o futuro.

A gestão 2004/2005 trabalhou pela valorização da profissão e da arquitetura, e, em todas as suas ações, procurou afirmar a qualidade de arquitetura nacional, promoveu o debate e o encontro de arquitetos nacionais e internacionais, abriu seus espaço para a exposição e a discussão das mais diferentes tendências e propostas arquitetônicas, estabeleceu convênios e parcerias com a indústria da construção civil para com a arquitetura, e, sempre, com o foco nesta, viabilizar o acesso a novas tecnologias, promovendo assim a disseminação da informação, além da requalificação de seus associados.

Renovamos o estatuto de nosso departamento, estabelecemos o conselho estadual, estivemos por todo nosso estado levando a mensagem de um Instituto altivo, disponível, que trabalha, e continuará trabalhando pela arquitetura nacional.

Como presidente de nosso departamento ao longo de 2 anos estivemos presentes em 17 núcleos: AMERICANA, ATIBAIA, BAURU, CAMPINAS, GUARULHOS, JUNDIAÍ, LIMEIRA, MARILIA, MOGI DAS CRUZES, PIRACICABA, PRESIDENTE PRUDENTE, RIBEIRÃO PRETO, RIO CLARO, SÃO CARLOS, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SOROCABA, SUZANO. Participamos da movimentação dos colegas que nesta gestão fundaram 5 novos núcleos, a saber: ATIBAIA, LIMEIRA, PIRACICABA, RIO CLARO e UBATUBA. Da mesma forma trabalhamos em prol da reativação de outros importantes núcleos como o de SANTOS que está por se confirmar. Outros novos núcleos já estão sendo articulados e sua fundação estará ao encargo da nova gestão do departamento.

Nesta itinerância pelo interior, sempre estiveram pautadas as propostas do IAB, seus objetivos estatutários ao lado das mais importantes lutas como a defesa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo.

Em novembro de 2004 a Premiação do IAB-SP foi um grande sucesso; em 2005, a 7ª Premiação Jovens Arquitetos estabeleceu o Prêmio Eduardo Kneese de Mello e pela primeira vez concedeu uma passagem para a Europa, fruto de proveitosa parceria com a indústria.

Recebemos a excelência da arquitetura do norte de Portugal para o ciclo de palestras e debates chamado “Des-continuidade”, além de uma publicação valiosíssima que dá o panorama contemporâneo dos colegas portugueses.

Os estudantes receberam atenção especial durante toda a gestão. O 3º Prêmio Pré-Fabricados para Estudantes, em associação com a ABCP e a ABIC, foi entregue para os vencedores no ENEA – Encontro Nacional de Estudantes, que ocorreu em São Paulo neste ano. A 4ª versão do mesmo prêmio já foi lançado e os estudantes já estão se inscrevendo.

O tema da sustentabilidade na arquitetura foi matéria de vários eventos e palestras no Instituto, sendo a maior delas a “Iniciativa Solvin – Arquitetura Sustentável” em parceria com a Solvay Indupa do Brasil e o Estúdio Brasileiro que, a partir de uma seleção de trabalhos de estudante resultou em um belo livro editado pela Romano Guerra Editores.

De todos os eventos o que mais atenção, tempo e responsabilidades demandou foi a 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Corremos o risco de não vê-la executada, mas o IAB-SP e sua equipe encarou este desafio.

A 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, enfim aconteceu, foi um sucesso e deixa uma nova referência entre os que vivem intensamente o nosso Instituto. Agora fica a certeza de que o IAB-SP é capaz de a partir desta 6ª BIA realizar o que desejar, empreender o que lhe convier, arcar com o que for necessário. Reconquistamos com altivez e muito trabalho o nosso lugar na paisagem cultural de São Paulo, do País e do mundo. Esta nova experiência que centralizamos no IAB-SP deve ser objeto de profunda reflexão para os próximos trabalhos.

Aos que duvidavam da capacidade de nosso Instituto fica aqui o convite para juntos, em 2007 fazermos a 7ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo.

Em matéria de concursos, o do Museu da Tolerância é o último acontecimento vitorioso que atende ao programa e ao tema proposto pelo LEI – Laboratório de Estudos da Intolerância da USP. Muito deverá ser feito pelos arquitetos e IAB a respeito deste tema, ou seja a construção de uma sociedade justa e tolerante.

Arquitetura se faz com clientes e a serviço de suas necessidades, por melhores condições de vida sempre com um sentido cultural para seu abrigo e para a sua atividade. A iniciativa privada cumpre uma papel determinante neste processo, mas, também o poder público deve atentar para as contribuições que a arquitetura tem a dar para a transformação da sociedade e para a gestão de seus espaços.

Neste sentido ainda temos muito por fazer, e, é dentro deste espírito que entendemos as ações do presidente e do departamento, sempre ao lado de seus associados em uma conjunção de esforços, e em um ambiente de intenso trabalho e realizações, negando as rupturas e a fragmentação de posicionamentos. Ao contrário, “empreendendo o esforço sistemático pela generosa compreensão de que esta experiência acumulada nos conduz à conciliação, à concórdia e à convergência de idéias e de trabalho em defesa dos interesses maiores do IAB e do País”.

Encerro este último editorial da gestão 2004-2005 com orgulho de, por dois anos ter presidido nosso departamento e me apresentar disposto e disponível para os chamamentos deste nosso valoroso e grande Instituto de Arquitetos do Brasil e seu departamento de São Paulo.

Paulo Sophia
Presidente do IAB-SP
28/11/2005